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FÓRUM TECH-i9: Antecipar e planear são garante da sustentabilidade

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As empresas procuram as melhores respostas para a necessidade de adotar práticas sustentáveis em todas as suas vertentes: ambiental, económica e social. Este é hoje um dos grandes desafios que se coloca à indústria e, por isso, a sustentabilidade é o tema em destaque na mais recente edição da revista ‘Tech-i9’. Elaborada pela CEFAMOL, foi lançada no dia 4 de julho, no decorrer de mais um ‘Fórum Tech-i9’, que reuniu mais de oito dezenas de profissionais do sector no Centro Empresarial da Marinha Grande.


Para João Faustino, presidente da CEFAMOL, na abertura do Fórum Tech-i9, evento que, salientou, tem, nas suas várias edições, procurado ser um espaço de reflexão técnico e centrado nos principais desafios que se colocam às empresas, é necessário olhar para a sustentabilidade em todas as suas vertentes: seja na tecnologia, nas pessoas, nas finanças e também no impacto ambiental.


Sendo a tecnologia um dos principais temas quando se pensa no futuro, o primeiro painel do Fórum Tech-i9, teve como tema ‘Engenharia assistida por computador no projeto de moldes: otimização estrutural e térmica’. O orador principal, Lourenço Bastos, do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), considerou que a simulação numérica “é vital” para o desenvolvimento do produto, permitindo ensaios sem a necessidade de construir protótipos. Com isso, enfatizou, as empresas reduzem tempos de fabrico e diminuem o erro, assegurando maior controlo dos custos de produção. Ora, lembrou, “isso é fundamental, numa altura em que estas são questões críticas para a sustentabilidade das empresas”.


Já no painel de debate, tendo como moderador António Pontes, da Universidade do Minho, Júlio Grilo, do Grupo Simoldes, considerou que uma das grandes vantagens da engenharia assistida por computador “é a possibilidade de eliminar o desperdício”, uma vez que, afirmou, “com a simulação, é possível assegurar que fazemos bem à primeira”.




Leonel Calças, da Cadmold, chamou a atenção para o que considerou ser um dos grandes desafios das empresas: “temos de ter mais conhecimento e mais ferramentas e oferecer tudo isso aos nossos clientes, mas pelo mesmo valor de antes”. Um exercício que, considerou, é difícil de colocar em prática e que obriga a grande ponderação e planeamento no momento de decidir pela aquisição de novas soluções. Contudo, salientou, a engenharia assistida por computador apresenta “benefícios evidentes” no que diz respeito à sua atividade: o projeto de moldes.


Num momento de interação com a plateia, Teresa Neves da Simulflow, especializada na realização de simulações, destacou ter sido pioneira nesta área, a nível europeu, lembrando que, no início, “havia, sobretudo, um grande desconhecimento e colocava-se em causa a fiabilidade desta ferramenta”. Com o passar dos anos, a simulação foi ganhando importância no processo e a fiabilidade, salientou, “é uma das questões que preocupa sempre quem desenvolve o software”. Contudo, acentuou, de uma maneira geral, as empresas confiam porque sentem as vantagens que a tecnologia tem.



Planear para ganhar eficiência

O tema do segundo painel do Fórum foi ‘Planeamento e Eficiência Produtiva’. E este serviu de mote a que o primeiro orador, Armando Bastos, da AS Bastos Consultoria, centrasse a sua intervenção na “incrível semelhança que existe entre o equipamento CNC e o carro do (seu) primo João”. E afinal, quais as semelhanças? São, no entender do orador, bastantes, mas podem resumir-se numa frase: “tanto no carro como no equipamento CNC há paragens não planeadas e, logo à partida, o tempo definido e os custos definidos acabam por ‘derrapar’, com prejuízo evidente”. Para que tal não aconteça, é fundamental que as empresas olhem com maior atenção para a questão do planeamento.


No painel de debate, tendo como moderador Nuno Fidélis, do CENTIMFE, Dulce Alves, da Moliporex, defendeu que o planeamento deve começar o mais cedo possível no processo de fabrico. No seu entender, logo na área comercial. É que, lembrou, a quantidade de informação a ser processada é imensa e quanto mais cedo começarem a ser tratados os dados, mais rápido se torna depois o processo.




António Pina, da Aníbal H. Abrantes, defendeu que para ganhar sustentabilidade, é preciso elaborar standards para ir de encontro aos objetivos definidos. Um dos mais importantes, considerou, “é produzir mais rápido”. E isso, explicou, “obriga a mudar o processo produtivo, de forma a tentar evitar perdas de tempo e diminuir o erro e tendo o processo encadeado”. Ora, no seu entender, estas questões têm de ser planeadas e ficar definidas na fase do projeto.


Já Paulo Fernandes, da TJ Moldes, explicou que “temos vindo a desenvolver um software que inclui, desde o planeamento à produção, e integra as várias fases. Desta forma, a pessoa que pega no trabalho para fazer, sabe automaticamente quais os passos porque já está planeado”, explica. Deixou ainda uma advertência em relação às pessoas nas organizações. No seu entender, para além de trabalhar no sentido de atrair os jovens, as empresas não podem descurar a experiência dos mais antigos. “Há um lado bom no ‘sempre se fez assim’ e que temos que saber aproveitar”, enfatizou.



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