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Webinar dá a conhecer benefícios do fabrico aditivo na indústria de moldes

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From conventional to digital factory in the mould industry: Industrial 3D printing with advanced materials’, foi o tema de um webinar, no dia 8 de outubro, que, organizado pela empresa alemã EOS, foi promovido em conjunto com a CEFAMOL, dando a conhecer ao sector os benefícios do fabrico aditivo na produção dos moldes


A sessão decorreu a várias vozes, com alguns dos responsáveis desta fornecedora de soluções de fabrico aditivo a desenvolverem o tema do fabrico convencional ao digital na indústria, bem como a revelarem resultados e casos práticos de aplicações das mais recentes tecnologias de impressão 3D com diferentes tipos de materiais.


Aplicando essa tecnologia à indústria de moldes, Davide Iacovelli, Detlef Scholz, Thomas Weitlaner e Victor Paluzie – todos da EOS -, enumeraram, nas suas intervenções, as principais vantagens do fabrico aditivo, seja nos metais ou nos polímeros, revelando ter instalados atualmente mais de 3.500 sistemas em 68 países.


No caso do metal (sinterização a laser) para a indústria de moldes, a tecnologia tem vindo a ser aplicada sobretudo para a execução de sistemas de refrigeração e, segundo os responsáveis da empresa alemã, garantindo resultados muito positivos. Hoje em dia, o grande ‘problema’ do molde, frisaram, são os sistemas de controlo de temperatura, que influenciam os tempos dos ciclos de produção (na injeção). E nesse aspeto, defenderam, o fabrico aditivo é a melhor solução.


Coube a Detlef Scholz falar sobre os desafios que, nesta temática, se colocam à indústria de moldes. No seu entender, a solução digital tem de valorizar várias questões essenciais como o material (o pó que pode ir do aço mais duro até outros metais como o alumínio), a qualidade das máquinas e softwares, o desenvolvimento do processo, mas também a monitorização constante para assegurar a qualidade e o apoio pós-venda para garantir a rentabilidade. E tudo isso, explicou, é garantido pela EOS. “A perfeita ligação do material ao equipamento e ao processo é fundamental para alcançar a qualidade”, referiu, sublinhando que a empresa testa e assegura essa qualidade, seja dos equipamentos, seja dos materiais utilizados. Como exemplo, regressou aos sistemas de refrigeração dos moldes, explicando que quando estes são produzidos por tecnologia aditiva conseguem atingir ganhos de eficiência na ordem dos 60%. Para além disso, salientou a qualidade destas peças e a sua durabilidade, aspetos em que, no seu entender, são também superiores às soluções convencionais.


Tecnologia de futuro
Davide Iacovelli destacou a relevância que tem já a impressão 3D. Deu como exemplo a importância que teve esta tecnologia na construção de viseiras e equipamentos para proteção, pouco depois da pandemia de Covid-19 ter chegado à Europa. A pandemia, considerou mesmo, alterou toda uma lógica de modelo de negócio, considerando que este é hoje muito mais local do que global. Ou, como referiu, a Covid trouxe uma passagem da “globalização para a glocalização”. É preciso, por isso, construir “cadeias de produção e de abastecimento mais resilientes e sustentáveis”, salientou.


Os responsáveis da empresa falaram também do futuro, considerando que estas tecnologias estarão, cada vez mais, presentes na indústria. A EOS, asseguraram, está em constante evolução e a criar novas soluções para corresponder às necessidades dos seus clientes. Como exemplo, fizeram a apresentação de novos sistemas que serão lançados no mercado, já a partir de 2021.


Victor Paluzie, representante da empresa alemã na Península Ibérica, lembrou que, devido à velocidade com que, atualmente, tudo evolui, “as empresas são forçadas a inovar constantemente”, sublinhando que “cada vez mais, apostam no aditivo”. Apresentou como exemplos os sectores aeronáutico, da saúde, da energia ou da mobilidade, nos quais, sustentou, “os ganhos da utilização do aditivo são já muito grandes”. Falou ainda da forte ligação que, em Portugal e Espanha, a empresa tem mantido com universidades e centros de saber, de forma a disseminar o conhecimento das vantagens destas tecnologias.


Davide Iacovelli e Detlef Scholz destacaram os “desafios enormes que as empresas têm”, entre os quais, o de preservação ambiental, frisando que esta é uma tecnologia que, por evitar o desperdício, dá resposta também a esse desígnio. “Queremos ajudar os nossos clientes a melhorar e tirar o máximo rendimento desta tecnologia”, explicou Davide, ao que Detlef acrescentou que “procuramos dar a conhecer, não apenas os equipamentos, mas sobretudo as vantagens e a forma como as empresas podem crescer com estas tecnologias que as preparam para o futuro”, concluiu Davide Iacovelli.


Duas empresas de moldes da Marinha Grande, a BBE e a Unite (do grupo DRT) apresentaram o seu testemunho em relação à tecnologia aditiva, partilhando com a plateia ‘virtual’ – composta por mais de quatro dezenas de pessoas – as inúmeras aplicações que as soluções permitem. Ambas as empresas concordaram que, “apesar de ser considerada ainda uma tecnologia não muito barata, a fabricação aditiva representa benefícios que acabam por justificar o investimento”.

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