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Programa “+Indústria” atribui bolsas a 52 alunos

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Em dez anos, o programa ‘+Indústria’ atribuiu 275 bolsas a igual número de alunos de 18 cursos, patrocinadas por 71 empresas, a maioria dos sectores de moldes e plásticos. O número foi sublinhado por João Faustino, Presidente da CEFAMOL, que destacou ainda o mérito deste programa, permitindo uma aposta social por parte das empresas no apoio às famílias e aos alunos.

 

Resultante de um protocolo firmado em 2013 entre a CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes, a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e o Politécnico de Leiria, o ‘+Indústria’ celebra este ano a décima edição. A sessão de entrega das bolsas decorreu no dia 21 de junho, no teatro Stephens, na Marinha Grande. Neste ano letivo, 27 empresas aplicaram 47.800 no patrocínio a 52 bolsas a alunos, distribuídos por 15 cursos do Politécnico. Estes alunos, seis dos quais em nível de mestrado e os restantes em licenciatura, foram premiados pelo mérito: foram os que registaram os melhores resultados escolares, sendo, por isso, contemplados com as bolsas.

 

Dirigindo-se aos jovens, o Presidente da CEFAMOL exortou-os a pensar na indústria como perspetiva de futuro. Mas o sucesso profissional, salientou, está dependente de duas características essenciais: humildade e atitude. Com elas, enfatizou, “ganham-se competências para os desafios que temos pela frente e que são muitos”.

 

Já o Presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, salientou a “resiliência desta região” que, mesmo durante a pandemia de Covid-19 permitiu manter este programa ativo, com as empresas a patrocinar bolsas e outros apoios aos alunos. Afirmando que “queremos aproximar o ensino superior às competências exigidas no mercado de trabalho”, Rui Pedrosa enalteceu a postura das empresas da região que “demonstram uma generosidade e responsabilidade social”. No seu entender, “não há melhor forma de aportar conhecimento que não pela via da qualificação e do talento”, por isso considerou imprescindível a empregabilidade qualificada como forma de assegurar a competitividade do território.

 

“Se queremos uma região mais competitiva é necessário acrescentar valor através da ciência e inovação”, frisou, aludindo à importância que têm, nesta questão, as agendas mobilizadoras do PRR recentemente aprovadas. António Poças, da NERLEI, destacou o envolvimento da indústria neste programa, realçando que o número de empresas participantes tem vindo a subir ano após ano.

 

No seu entender, significa que as organizações estão cientes do desafio que constitui, atualmente, a mão de obra qualificada. “É necessário mudar a forma de fazer e o que se faz” porque o futuro próximo vai trazer novas tarefas, mais desafiantes, lembrou, considerando que as mudanças nesta revolução industrial são mais rápidas do que foram as anteriores e, por isso, “é fundamental a aposta em formação e qualificação das pessoas”. E, advertiu, o meio académico tem de preparar, cada vez mais, as pessoas para o mercado de trabalho. “As empresas são constituídas por pessoas e são estas que fazem a diferença nas organizações”, sublinhou.

 



Jovens satisfeitos

Coube a Ana Sargento, vice-presidente do Politécnico de Leiria, fazer o balanço desta décima edição do programa. Destacou, nesse sentido, a opinião dos jovens alunos que, no final dos estágios nas empresas, elaboram um relatório dando nota do seu grau de satisfação em relação à experiência. De uma maneira geral, sublinhou, a opinião foi positiva. Um outro questionário vai ser submetido às empresas para que possam avaliar também o desempenho dos jovens e apontar possíveis melhorias ao programa.

 

O ‘+Indústria’, recordou, abarca três áreas essenciais: formação em contexto empresarial, partilha e valorização de conhecimento e responsabilidade social. É nesta última que se integra a atribuição das bolsas, procurando proporcionar aos melhores estudantes a motivação para o sucesso escolar e empregabilidade. Nesse sentido, são desenvolvidas atividades conjuntas que visam proporcionar aos estudantes o contacto mais próximo com o tecido empresarial desde o primeiro ano, através da formação em contexto de trabalho e do desenvolvimento de projetos em parceria com as empresas, colocando em prática os conteúdos programáticos das unidades curriculares lecionados ao longo do seu curso.

 

Pretende-se igualmente estabelecer uma aproximação entre as indústrias, os estudantes, professores e investigadores, criando-se sinergias de transmissão de conhecimento entre o meio empresarial e o meio académico que potenciem a investigação e a inovação.

 

Ana Sargento enfatizou ainda que, durante a pandemia o número de bolsas atribuídas reduziu ligeiramente, mas o programa manteve-se em atividade. Neste ano letivo, adiantou, o número de empresas envolvidas voltou a subir, tal como a quantidade de bolsas atribuídas.

 

Os jovens vão, agora, acordar um período de experiência em contexto laboral com as empresas, que deverá estender-se até ao início do próximo ano letivo.

 

Lembrando que são as empresas a escolher os cursos que desejam patrocinar, a responsável salientou, ainda, que a maior parte das bolsas abrangem alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), havendo escolas do Politécnico de Leiria que não integraram o programa. Deixou, por isso, um repto aos empresários para estenderem a sua atenção a outras áreas como a saúde, desporto ou recursos humanos.

 

Esta sessão contou também com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira que destacou “a importância da relação da academia com as empresas que, hoje, está diluída numa região de forte atividade económica”. A entrega destas bolsas de estudo “é apenas um passo do que vai ser o futuro das empresas que vão receber estes alunos e que, para estes, será o primeiro dia do desafio que aí vem”.


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