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Cooperar para incrementar negócios no mercado norte-americano

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“O mercado dos Estados Unidos da América é enorme” e, por isso, um dos mais importantes e apetecíveis do mundo. É com esta premissa, atestada por José Camacho, da Universidade Europeia (IADE), que a Indústria Portuguesa de Moldes prepara uma estratégia para incrementar os negócios naquele que já foi o principal mercado do sector.


Falando perante uma plateia virtual composta por cerca de meia centena de profissionais da indústria, no decorrer da sessão ‘EUA: Promoção em Cooperação’, José Camacho advertiu que “é preciso ter uma visão estruturada para progredir neste mercado: é necessário olhar a geografia e escolher os clientes-alvo”, referiu apresentando um documento de análise do mercado americano, muito centrado nas potencialidades da indústria automóvel que é, afinal, o principal cliente dos moldes nacionais.


“Os Estados Unidos são os maiores importadores de moldes do mundo”, salientou. Apontando dados estatísticos, revelou que o mercado americano importou dois mil milhões de dólares em moldes. E só uma parcela muito pequena teve origem direta em Portugal, existindo, por isso, um enorme potencial de crescimento. Juntamente com o México, toda a América do Norte representa 25% da quota mundial de importação de moldes, sublinhou ainda.


Centrando-se nos Estados Unidos, deu nota da localização das principais OEM da indústria automóvel: mais concentradas a norte do país, mas a alargar presença um pouco por todo o território. Já os fornecedores diretos dessa indústria, as empresas de componentes automóveis (Tier1), são cerca de 13 mil, dispersas por muitos estados.


Na sua análise, José Camacho deu nota também dos principais países que concorrem com os moldes portugueses nesse mercado: Canadá (que representa cerca de 45%), China, México, Coreia e Japão. Só depois destes surge a Europa, com a Alemanha à cabeça e a Itália logo de seguida.


Enfatizou ainda que, ao contrário do que aconteceu com o dólar no passado, cuja desvalorização levou o sector a escolher outros mercados, a moeda americana está mais estável. “As taxas de câmbio, comparando com o passado, estão melhores”, adiantou.


Após esta análise, que classificou como “um primeiro olhar” sobre o mercado norte-americano defendeu a “cooperação entre empresas” como uma das formas mais eficazes de abordagem e promoção.



Aumento das exportações

Com essa determinação, a CEFAMOL, no âmbito do projeto ‘Engineering & Tooling from Portugal’, definiu uma estratégia conjunta de promoção da Indústria Portuguesa de Moldes naquele mercado, para ser desenvolvida no período entre 2021-2023.


Coube a Manuel Oliveira, secretário-geral da Associação, fazer a apresentação desse plano. Revelou que entre janeiro e junho deste ano, o valor das exportações de moldes para os EUA se situou acima dos dez milhões de euros, quando, o ano passado, no período homólogo, estas representaram cerca de seis milhões de euros. Tal traduz um aumento de 71%, salientou.


Explicou, de seguida, que a estratégia a desenvolver tem quatro objetivos principais: reconquistar uma posição de destaque no mercado norte-americano, aumentar as exportações de moldes, reforçar a imagem e notoriedade do sector e identificar oportunidades de negócio e colaboração.


Nesse sentido, será, numa primeira fase, constituído um grupo de trabalho com empresas do sector que, reunindo regularmente, será responsável pela definição e acompanhamento das ações a realizar. Cada empresa participará naquelas que se revistam de maior interesse, de acordo com a sua estratégia individual.


As participações coletivas, sublinhou, “serão integradas no projeto de promoção internacional da CEFAMOL”, que prevê comparticipação financeira ao investimento realizado.


A cooperação empresarial na definição e estruturação de um plano de promoção do mercado, bem como a partilha de recursos e de experiências são alguns dos resultados esperados. De entre as ações já identificadas, destacam-se a participação em feiras especializadas, missões empresariais, campanhas de marketing digital e o possível estabelecimento de parcerias locais.


Esta estratégia, adiantou ainda, começará a ser desenvolvida já a partir do próximo mês de outubro.


As inscrições para as empresas interessadas estão abertas até 30 de setembro.

Agenda

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