Unboxing Markets: Potencialidades do Chile como mercado para moldes portugueses
Sexta, 13 Outubro 2023
Voltar à listagemO Chile foi o primeiro mercado a revelar-se, no âmbito da mais recente iniciativa da CEFAMOL denominada Unboxing Markets, através da qual se pretende dar a conhecer à indústria um conjunto de mercados que, pelas suas potencialidades, poderão vir a assumir-se como detentores de oportunidades para o sector.
Nesse sentido, teve lugar, no dia 12 de outubro, um webinar tendo como orador convidado Rui Lourenço Pereira, diretor na AICEP para os mercados do Chile e Peru e Conselheiro Económico na Embaixada Portuguesa em Santiago que, perante uma assistência composta por quase três dezenas de profissionais do sector, traçou um quadro positivo em relação aquele país.
O Chile, explicou, é um país em constante crescimento na América do Sul, com uma economia estável, políticas favoráveis aos negócios e um ambiente propício ao investimento estrangeiro. “O Chile oferece um conjunto de potencialidades que devem ser valorizadas pelas empresas portuguesas”, salientou.
Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, revelou que este webinar não é a única ação que a CEFAMOL tem programada para o mercado chileno. “O objetivo é dar continuidade a ligações com este mercado, promovendo o contacto entre empresas chilenas e portuguesas”. Nesse sentido, adiantou, está prevista decorrer no início de dezembro, uma ação online que integrará empresas dos dois países. Esta é, no seu entender, “uma oportunidade para gerar os primeiros contactos que são, depois, essenciais para desenvolver o trabalho comercial das empresas”.
“O Chile emerge como um mercado atraente para as empresas portuguesas que desejam expandir-se internacionalmente”, sublinhou Rui Pereira, adiantando que as suas potencialidades “incluem, entre outros, um ambiente de negócios favorável, com o crescimento económico sólido e acordos comerciais estratégicos e oportunidades em setores-chave”. O Chile, disse ainda, tem “regras claras nos negócios, regulamentação transparente e baixos níveis de corrupção, o que cria um ambiente seguro e previsível para investidores estrangeiros”.
Radar do Chile
Salientou que, no caso de Portugal, as empresas nacionais poderão vir a beneficiar com o acordo EU-Chile, que deverá ser estabelecido ainda este ano. Mas não só. O Chile, frisou, “é conhecido por uma postura pró-comércio”, o que o levou a estabelecer acordos comerciais “com uma rede de países que abrangem todos os continentes”. Isso, no seu entender, “significa que as empresas portuguesas que estabelecem operações no Chile podem beneficiar de acesso preferencial a uma vasta gama de mercados internacionais, proporcionando uma vantagem competitiva significativa”. E exemplificou com alguns casos de empresas portuguesas, em áreas como a agricultura ou alimentar, que têm tido bons resultados com esta estratégia.
Além disso, referiu, o Chile “é um grande produtor de hidrogénio verde, lítio e cobre”, tendo presentes no seu território multinacionais de todo o mundo, em diversas áreas, incluindo a indústria automóvel.
Os principais fornecedores do Chile, esclareceu, são a China, os Estados, Unidos, o Brasil, a Argentina e também a Alemanha. Por isso, acredita que Portugal tem boas perspetivas de negócio e oportunidade de crescimento se der passos nesse sentido. “As empresas portuguesas têm de trabalhar para estar no radar do Chile”, advertiu.
A iniciativa Unboxing Markets insere-se no projeto de promoção internacional ‘Engineering & Tooling from Portugal’, sendo composto por um conjunto de webinares, cujo principal foco será revelar oportunidades e desafios em mercados com elevado potencial para a indústria de moldes.
O objetivo, explicou Manuel Oliveira, é “ajudar as empresas a conquistar novos negócios em diferentes áreas geográficas”. “É preciso trabalhar na diversificação de mercados, de forma a incrementar os negócios na indústria, procurando novas áreas e novos players”, enfatizou.