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Finlândia apresenta oportunidades para moldes portugueses

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A Finlândia foi o mercado em destaque em mais uma sessão Unboxing Markets, promovida pela CEFAMOL, no âmbito do projeto Engineering & Tooling from Portugal e que, no dia 18 de junho, contou com a presença online de mais de 30 profissionais do sector, num webinar onde foram revelados oportunidades e desafios daquele país.


Unboxing Markets Finlândia foi a designação da iniciativa que antecede uma visita que a CEFAMOL vai promover àquele mercado, em setembro próximo. Esta sessão contou com a presença de oradores conhecedores do mercado que elencaram as suas perspetivas de desenvolvimento.


Reeta Luomanpää, Advisor na Technology Industries of Finland, destacou a necessidade que o país tem de “deixar de importar e reduzir a dependência da China, procurando fornecedores na Europa”. É que, sublinhou, “o país praticamente não tem produtores de moldes”. Revelou que, entre 2006 e 2023, as importações de moldes na Finlândia mantiveram um valor constante de cerca de 50 milhões de euros por ano, atingindo os 60 milhões em 2022, revelou.


A responsável esclareceu que a Finlândia tem produtores de plástico – empresas de injeção que operam em vários setores, principalmente no sector médico e de equipamentos industriais. No entanto, a indústria automóvel no país é residual, contando que, neste sector, a manufatura é focada em veículos agrícolas e florestais, como a Valtra e a Ponsse.


Conhecida como o país onde nasceu a marca Nokia, a Finlândia mantém a sua aposta em empresas eletrónicas, focando-se agora em componentes para carros elétricos, como baterias e outros. O país tem assistido a um crescimento na área das ferramentas para a construção, sistemas de ventilação, indústria médica, aparelhos de ar quente e painéis solares, adiantou, acrescentando que a Finlândia também aposta em células e sistemas de energia solar.


Apesar das oportunidades, o país enfrenta desafios como a falta de fabricantes de moldes para responder à indústria de injeção, a necessidade de integrar robotização na produção, e a necessidade de criar soluções inovadoras e novos materiais. Além disso, o tempo de mercado é cada vez mais curto, o fabrico aditivo está a surgir, mas os seus benefícios ainda estão a ser estudados, e há questões como os pagamentos demorados, especialmente de grandes empresas aos pequenos fornecedores.



Mercado

Já Vesa Kärhä, diretor-geral da Federação das Indústrias de Plástico da Finlândia, representando uma associação com 103 empresas, destacou que a sustentabilidade, a reciclagem e a produção de moldes são “questões cruciais para o sector” que, salientou, emprega mais de 10 mil trabalhadores nas suas 530 empresas, representando anualmente 4,5 bilhões de euros.


Os dois oradores falaram ainda da importância que a Rússia tinha, enquanto mercado, antes da guerra com a Ucrânia, contando estar, agora, a tentar substituir esse grande mercado, o que não se tem afigurado fácil. “Houve sectores que perderam a sua importância, mas, em contrapartida, outros, como a indústria dos equipamentos militares, tem crescido”, apontou Vesa Kärhä.


Em relação à abordagem ao mercado, os dois aconselharam as empresas nacionais a participar em feiras naquele país ou na região, de forma a contactar com as empresas mais expressivas e conhecer o sector. Consideraram ainda ser importante que os fabricantes portugueses participem na visita que irá decorrer em setembro, salientando que um outro aspeto importante é tentarem desenvolver contactos no país, por exemplo com antigos profissionais do sector dos moldes, de forma que estes os possam orientar.


Sendo um mercado que se assume como tendo um grande potencial para os fabricantes de moldes portugueses, a Finlândia é uma economia aberta e desenvolvida, com empresas de referência a nível internacional, destacando-se pela dinâmica em diferentes áreas industriais, como engenharia, eletrónica, biotecnologia e indústria transformadora.







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